A Baixada Santista registrou um aumento de 550% nos casos de Covid-19 e 458% nas mortes em um mês, enquanto o estado de São Paulo teve um aumento de 379% no número de casos e 408% nos óbitos
Em 21 de abril, a região tinha 754 registros da doença; um mês depois, em 21 de maio, os contaminados somavam 4904. No mesmo período, o número de mortes pelo coronavírus subiu de 53 para 296.
Em todo o estado de São Paulo, o número de infectados passou de 15.385 para 73.739 e o de mortes subiu de 1.093 para 5.558, no mesmo período.
De acordo com o médico infectologista, doutor Roberto Focaccia, esse aumento se deve à proximidade da Baixada Santista com a capital, epicentro da doença.
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Para o também infectologista, doutor Ewaldo Stanislau, a notícia boa é que, apesar de a região ter perdido a adesão ao distanciamento social e dos bolsões de pobreza, que favorecem a transmissão, há um bom sistema de vigilância e diagnóstico. “Isso é um fator positivo, que deve influenciar os números”, afirma.
No Brasil
Em todo o Brasil, a quantidade de casos de Covid-19 subiu mais do que na Baixada Santista e no estado de São Paulo, no mesmo período, com aumento de 619,8% de infectados e 631,3% de mortos.
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Semana a semana
No entanto, se analisadas as semanas epidemiológicas na região, percebe-se que o ritmo de aceleração diminuiu este mês. De 29/03 a 04/04 até a semana de 12/04 a 18/04, o número de infectados cresceu 362% e de mortos, 471,2%. Já no período de 26/04 a 02/05 até a semana de 10 a 16/05, o número de casos aumentou 111,7% e 90,4% no número de mortes.
Focaccia lembra que ainda não atingimos o pico da pandemia e tampouco o platô de casos e, por isso, “o distanciamento social radical ainda é a única forma de atingirmos o sucesso mais rápido, mesmo com perdas econômicas temporárias”.
* Com informações de A Tribuna