"Olha esse cheirinho!", "Tudo o que eu precisava agora era de um bem quentinho!", "Vou passar um fresquinho pra gente agora!"
Frases recorrentes em nossas vidas e que têm um alto poder de acalentar o coração. O café é um dos maiores elementos agregadores presentes numa sociedade. Por meio dele conhecemos novos amigos, mantemos os antigos também, fechamos negócios, descobrimos novos caminhos pra vida, ensinamos filhos, escutamos pais, relembramos avós, projetamos futuro, ou simplesmente, degustamos a bebida que é símbolo do Brasil mundo afora.
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, cerca de 30% dos grãos utilizados no planeta vêm daqui. Os maiores compradores hoje são Japão e Alemanha. Para cada país, um paladar diferente, uma cultura própria para o feitio e utilização da bebida.
Esse grão fascinante envolve um mundo de informações e curiosidades e, cada vez mais, se transforma em profissão para milhares de pessoas. É o caso de Hallyson Ramos, de 34 anos, que há doze ingressou como funcionário de uma cafeteria e hoje é barista na Bolsa do Café de Santos, “Eu transformei minha realidade nesses doze anos. Hoje, ensino para centenas de pessoas que o café não é somente uma bebida, mas uma forma de vida!”
Pedro Henrique Mendes também se transformou com o café. Jornalista e amante da bebida, hoje ele é educador do Museu do Café e responsável pelo programa da instituição, que cuida de ações com pessoas em vulnerabilidade social. “Temos parceria com diversos órgãos que cuidam dessa parcela da sociedade, como CRAS, CAPS, etc. Um exemplo que sempre destaco é a Fundação Casa, e ao longo do ano nós recebemos os jovens para dar o curso de barista por um dia, para que assim eles tenham mais recurso ainda para quando sairem do sistema onde eles se encontram.”