Por duas vezes na história, os dirigíveis “Zeppelin” sobrevoaram a cidade de Santos. A primeira, ocorrida em 11 de maio de 1933, foi protagonizada pelo “Graf Zeppelin” (história já contada nesta coluna), fruto de um mero acaso do destino e das intempéries do tempo no Rio de Janeiro (onde havia o hangar dos dirigíveis no Brasil).
Mas a segunda, ao contrário, foi previamente calculada pelo governo alemão, que em 1936 se esforçava em desfilar o poderio nazista sobre as cidades americanas que abrigavam imigrantes germânicos, ao mesmo tempo que servia como meio de impressionar as autoridades de países como o Brasil, cujas alianças eram fundamentais aos planos de Hitler.
O sobrevoo do Hindenburg na cidade de Santos, dona do porto mais importante do hemisfério sul do planeta, realmente causou grande impacto entre seus habitantes, dadas as dimensões do aeróstato, ainda maior do que seu antecessor (o Graf).
*Texto e imagens originalmente publicados no site Memória Santista