Particularmente, acredito no trabalho remoto como algo que terá continuidade, mesmo pós-isolamento, e, com isso a volta aos espaços maiores, contrapondo os atuais ‘estúdios’ de 20 metros quadrados, assim como o deslocamento de muitos profissionais para cidades com melhor qualidade de vida (como tendências). Santos – tomara, tem tudo para receber empreendedores e criativos, e que sejam todos muito bem-vindos!
Quanto ao comportamento das pessoas, sou mais cética. Acho que quem é do bem continuará sendo, e nesse grupo, uma parte talvez se torne mais solidária. E, os que não são do bem, se tornarão ainda mais egoístas, preconceituosos e desumanos como temos assistido diariamente.
Essa pandemia nos traz um vírus que pede o afastamento das pessoas. Com isso, acabamos nos tornando mais individualistas, com cada um lutando pela sua vida, muito mais do que pelo coletivo – até pelo instinto de sobrevivência. Ainda é difícil saber as sequelas emocionais e psicológicas, e a volta a socialização – porém, não acredito em grandes mudanças.
O jornalista Clayton Melo, do El País, procurou saber que tendências os futuristas, pesquisadores e bureaus de pesquisas nacionais e internacionais estão traçando para o mundo pós-pandêmico.
Revisão de crenças e valores
“Uma crise como essa pode mudar valores”, diz Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental da Trinity College Dublin, em entrevista ao Newsday. Já estamos começando a ver esses sinais no Brasil — e no centro de São Paulo, com vários exemplos de pessoas que se unem para ajudar idosos e moradores de rua, por exemplo.
Menos é mais
As pessoas devem rever sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda”.
Reconfiguração dos espaços do comércio
“As empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um relatório WGSN, um dos maiores bureaus de pesquisas de tendências do mundo. O delivery deve continuar em alta.
Experiências culturais imersivas
Lives, assim como os tours virtuais a museus ganharam destaque. Esse comportamento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.
Trabalho remoto
O trabalho remoto ou morar perto do trabalho evitam a necessidade de estar em espaços com grande aglomeração, como ônibus e metrôs.
Shopstreaming
As vendas pela internet também passaram a ser uma opção para lojas que até então se valiam apenas do local físico.
Busca por novos conhecimentos
Num mundo em constante e rápida transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado.
Educação a distância
Se a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a educação a distância, cuja expansão vai se acelerar. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena: os mentores virtuais.
Ficam aí algumas dicas, e para quem quiser continuar antenado com o que está acontecendo e as tendências – vem aí o Festival Criativar (online), de 24 a 27 de setembro!
@festivalcriativar | www.festivalcriativar.com.br