São dois anos e tanto à frente da Revista Nove e outros 13 anteriores já trabalhando com turismo, cultura e comunicação na Baixada Santista.
Conheço bem o cenário cultural, gastronômico e de entretenimento de Santos e região e circulo vez ou outra por terras paulistanas em busca de experiências ‘gastroculturais’.
Apaixonado que sou pelas terras daqui – e bairrista como todo bom santista – ainda assim consigo ser bastante justo, creio, no julgamento no que tange nossas carências, que são muitas. Mas, sobretudo, estou sempre muito mais aberto a receber as novidades, que, cada vez mais, são abundantes.
O cenário gastronômico e cultural (perdoem a redundância, vez que gastronomia é cultura também) da região, com mais força em Santos, por motivos óbvios, tem recebido grandes incrementos nos últimos anos. Bares e restaurantes abrem a cada esquina (com a mesma frequência com que fecham outros, é fato, mas isso é assunto para uma outra coluna) e trazem conceitos inovadores da capital e do exterior. Nós já contamos isso entre as páginas 22 e 28, na matéria de capa.
A [alta gastronomia], que já esteve [em alta] e soberana, com boas casas em solo caiçara, agora divide espaço com outras propostas, mais despojadas e repletas de elementos cênicos. A coquetelaria chegou com força e cheia de influências gringas e frufruzinhos que, fala sério, a gente adora.
Ainda estamos criando o hábito – que em Sampa, BH e no Rio, por exemplo, já é corriqueiro – de nos encontrarmos para um happy hour na terça. E os bares da moda estimulam isso, com promoções durante a semana, dias especiais para as mulheres, double cerveja e drinks durante o happy hour e por aí vai.
A programação cultural vai para o mesmo caminho. Temos recebido, cada vez mais, festivais diversos e eventos alternativos, que ocupam espaços antes escondidos sob escombros, principalmente no Centro Histórico de Santos. Temos sim! E se você insiste em dizer que não, saia da zona de conforto e vá à caça. Acesse, por exemplo, diariamente o nosso portal, que você vai se surpreender com o que tem rolado por aqui.
Eu sou um devoto de alguns dos nossos cenários, como o jardim da orla (pedalo, corro, caminho e passeio com minha cachorra, leio as placas sobre os pássaros e fotografo os monumentos); a Pinacoteca Benedicto Calixto (queria morar lá); o Centro Histórico (sempre que tem evento ali, meus amigos sabem bem, quero ser o primeiro a chegar e o último a sair), dentre outros.
Adoro redescobrir os cantos da região e descobrir coisas novas; sou desses de vivenciar as novidades, de provar drinks da moda e menus exóticos. E, aliás, foi numa dessas expedições que conheci uns drinks bem ousados preparados com jambu, aquela florzinha amazônica que provoca dormência na boa, lá no Arapuka. Devido à logística complicada do jambu, não se sabe por quanto tempo eles conseguirão manter no cardápio.
Um dos drinks ainda não tinha nome (pois não estava nem no menu) e, em decisão conjunta com o barman criador, o Sérgio Senopoli, e um dos sócios da casa, o Diogo Junqueira, batizamos o coquetel de Nove. 🙂
O Nove é uma deliciosa mistura de rum infusionado com flores de jambu; bitter de semente de mostarda com linhaça dourada; Fallernum artesanal (um xarope caribenho com base de rum) e bitter de salsinha. Ele vem com a florzinha exótica decorando e os mais ousados podem comê-la também. Eu comi, vale a experiência!
Permita-se. Há muito o que descobrir por aqui. E um brinde às novas descobertas!