Na Casa do Trem Bélico, o papel do corneteiro é chamar a atenção dos passageiros do bondinho turístico que passa na esquina da Rua Tiro 11. Ao se aproximar da rua, o motorneiro emite um sinal sonoro no bonde e, então, o soldadinho sabe que tem alguns minutos para sua performance à porta do Museu. Chapéus bem curiosos, cavalinho de cabo de vassoura, guarda-chuva imitando espingarda e adereços confeccionados com materiais reaproveitados compõem o figurino do herói. ‘O Zé Corneteiro é um soldado que anuncia a existência de um lugar ainda desconhecido pela maioria das pessoas’, revela Escandon.
O personagem desperta a curiosidade dos passageiros – adultos e crianças – embarcados nos bondes turísticos que fazem o trajeto pelo Centro Histórico de Santos. Ao assistirem a encenação, de longe, acabam descendo do bondinho – mesmo a contragosto do motorneiro – para conhecer aquela figura engraçada e aproveitam para visitar a Casa do Trem Bélico. Durante a visita, o Zé Corneteiro interage com as pessoas, envolvendo-as em suas brincadeiras, enquanto conta a história dos materias bélicos expostos no Museu.
A ideia do personagem surgiu para que se conseguisse, por meio do lúdico, chamar a atenção das pessoas para este equipamento tão rico em história e tão pouco conhecido pelos santistas e visitantes. Escandon diz que o Zé Corneteiro ainda está em construção e que não há limites para ele. ‘Se você passar de bonde duas vezes no mesmo dia pela esquina do Museu, assistirá performances diferentes’, completa o criador.