O manguezal é mais uma das grandes riquezas naturais da Baixada Santista.
Muito presente, mas pouco conhecido, é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, comum em regiões onde ocorre o encontro do rio com o mar, o que justifica sua água salobra.
Os manguezais são considerados berçários naturais, pois abrigam espécies típicas, mas também são redutos de outros animais, como aves, peixes, moluscos e crustáceos, em busca de alimento, reprodução e abrigo.
O solo das áreas de mangue é úmido e pobre em oxigênio, mas rico em nutrientes, pois possui grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, que serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar.
Dá para acreditar que cerca de 95% do que o homem pesca no mar é produzido nos manguezais? Este ecossistema destina matéria orgânica para os estuários e contribui, com isso, para a atividade primária da zona costeira. Por isso é tão complexo e sua conservação é tão importante.
Cerca de 15% do total de mangues no mundo estão no litoral do Brasil, o que equivale a mais de 26 mil km². A Baixada Santista detém parte deste patrimônio, protegido por lei nacional e considerado Área de Preservação Permanente (APP), com 120 km² dos 231 km² existentes no estado de São Paulo, ainda que muito já tenha sido degradado.