Cubatão carregou, no passado, uma imagem negativa em função da poluição causada pelo polo industrial instalado na cidade.
Foi considerada a cidade mais poluída do mundo na década de 1980. Isso não é novidade. E também não é novidade que o município conseguiu reverter esta situação e hoje é símbolo de recuperação ambiental.
Há algo, no entanto, que talvez você não saiba, embora também não seja novidade: além de adequarem todo o processo produtivo, em respeito ao meio ambiente e à sociedade – e à legislação, é claro, algumas indústrias de Cubatão abriram as portas à comunidade com programas de visitação.
A precursora foi a Unipar Carbocloro, que, em 1985, após uma pesquisa de imagem junto à população, identificou a necessidade de melhorar o seu relacionamento com a vizinhança. A indústria já se preocupava com questões ambientais e sociais naquele momento em que as demais pensavam apenas em produzir. O cenário não era favorável para a indústria química no mundo, que carregava uma imagem bastante negativa. ‘Mas, na Unipar Carbocloro, a realidade já era diferente e era preciso mostrar isso’, explica o diretor industrial, Airton Antônio de Andrade. Surgiu, então, o programa Fábrica Aberta, que no ano passado completou 30 anos e já recebeu quase 105 mil visitantes.
Airton explica que o objetivo do projeto era abrir um canal de comunicação com a comunidade e mudar a percepção que a vizinhança tinha da indústria. ‘O Fábrica Aberta, além de melhorar a imagem que as pessoas tinham da indústria, mudou o comportamento dos funcionários, que passaram a cuidar mais da organização e da limpeza, para receber as pessoas’.