O veleiro inglês Kestrel encalhou em 11 de fevereiro de 1895, após um temporal, nas areias de Santos, próximo ao Canal 5. Desde então, os destroços, que não puderam ser removidos, instigam a curiosidade de quem faz sua caminhada à beira-mar
Atualizada em 01.02.2023
Mas, a partir de agora, é possível ver o navio como ele era há 127 anos, antes de encalhar, graças à realidade aumentada. E melhor: registrar este momento com o celular. É que a Prefeitura de Santos instalou uma placa no pontilhão do Canal 5, na praia do Embaré, como parte das comemorações dos 477 anos da cidade.
Então, basta escanear com o celular o código na placa e mirar nas boias que indicam onde os restos do veleiro Kestrel estão desde que encalhou.
O que rolou com o Kestrel?
A embarcação encalhou em 11 de fevereiro de 1895, após um temporal. Ninguém morreu, mas o navio foi bandonado pelos donos e acabou desmontado pelas autoridades da época. Com o passar dos anos, a areia envolveu todo o veleiro, até que, em 1970, parte do casco ficou aparente em função do desassoreamento do canal do porto.
Até 2017 havia dúvidas sobre qual seria de fato a embarcação, mas arqueólogos e pesquisadores estrangeiros atestaram: tratava-se do Kestrel.
Depois de se tornar sítio de interesse arqueológico, o entorno recebeu 24 barras de ferro e boias sinalizadoras para formar um ‘cordão de isolamento’.
O Kestrel foi um veleiro britânico construído em 1871 com motores a vapor movidos a carvão e três mastros. Ela passou sua carreira transportando mercadorias pelo Atlântico. Em 11 de fevereiro de 1895 ela estava ancorada em Santos, perto de São Paulo, Brasil, quando foi pega por uma tempestade tropical. A corrente da âncora quebrou e ela encalhou na praia de Santos. Todos, exceto três tripulantes, estavam em terra quando o navio encalhou, incluindo o capitão Cochrane.
Os restos do veleiro estão a cerca de três metros mais fundo do que a parte visível e não são retirados para evitar uma deterioração total.