A exposição ‘A Orquestra Pintada’ traz uma fusão entre arte e música, com um olhar sensível sobre a comunidade da Vila Gilda, em Santos.
Atualizada em 10.02.2025
Idealizada pela artista Milkarte, a exposição conta com a parceria do coletivo Querô, do Instituto Arte no Dique, e apresenta a customização de instrumentos de percussão transformados em suportes narrativos.
Mais do que uma proposta estética, as pinturas retratam histórias de resistência, identidade e pertencimento, inspiradas na cultura afro-brasileira, nas palafitas da Vila Gilda e na energia de músicos icônicos do Brasil.
Cada tambor exposto é um mapa simbólico da comunidade, demonstrando como a criatividade floresce mesmo diante das dificuldades estruturais. A mostra também apresenta fotografias que documentam o processo criativo e o impacto do projeto, evidenciando o papel do Arte no Dique, instituição que há mais de 20 anos promove a cultura como ferramenta de transformação social.
Arte no Dique
Com sede no Dique da Vila Gilda, a maior favela sobre palafitas do Brasil, o Arte no Dique atende mais de 1.500 famílias diariamente, oferecendo atividades voltadas à música, dança e artes visuais, além de cursos e oficinas que fortalecem a autoestima e ampliam perspectivas de futuro.
Para o presidente do instituto, José Virgílio Leal de Figueiredo, a exposição reafirma a missão da entidade: “Essa sempre foi a missão do Arte no Dique: propiciar oportunidades pela cultura“.
Outro destaque da mostra é a conexão entre a comunidade e ícones nacionais, como Pelé e os ritmos baianos, simbolizando a força da identidade brasileira. A exposição também faz referência ao mural instalado na região do Canal 7, em uma das áreas mais valorizadas da cidade, promovendo um diálogo entre diferentes realidades e evidenciando a riqueza cultural das periferias.
A mostra será inaugurada no dia 15 de fevereiro, sábado, das 15h às 18h, no Orquidário Municipal (Praça Washington, s/n, José Menino) e permanecerá em cartaz até 30 de março.
Foto: Divulgação/ Arte no Dique