O autor Alexandre Gossn lançará seu primeiro livro de ficção, Santo Adamastor, que escreveu aos 18 anos, inspirado em clássicos da literatura mundial
Trata-se de uma trilogia que marca a estreia do escritor na ficção, que já é autor de outros quatro títulos frutos de suas pesquisas acadêmicas. O volume I – A Concepção – será lançado no dia 16 de março, às 16 horas, na Realejo Livros, em Santos.
Neste primeiro livro da saga, o leitor é apresentado ao surgimento do personagem principal, do nascimento às passagens da infância e da juventude até a concepção e posterior formação de sua célebre e controvertida seita: A Seita Adamastoresca.
Ambientada nas Minas Gerais de décadas atrás, a história adota o microcosmos de uma pequena vila como palco e laboratório para estudar a alma humana. A obra é recheada de referências a personagens conhecidos das artes e do pensamento humano, como Carl Jung, Sigmund Freud, Rita Lee e até o cantor Nelson Ned.
Cabe a aproveitadores e incautos que rodeiam o protagonista tentar dogmatizar os devaneios do suposto santo e, assim, forjar o adamastorismo, a ‘filosofia’ que norteará as suas ações ao longo da trilogia, uma combinação do que há de pior no pensamento humano em matéria de fundamentalismo religioso e autoritarismo político.
A história é costurada com uma ácida crítica social não só às religiões, mas também à política e até mesmo à Ciência. O autor cuida, porém, para que a crítica e pensamento sirvam à história, usando o formato da sátira para refletir e, acima de tudo, para entreter quem se aventurar.
Além de Santos, o lançamento de Santo Adamastor, com palestra do autor, também está confirmado na 19ª edição do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços), um dos eventos mais tradicionais de literatura do País.
O autor lembra que o primeiro volume levou 12 meses, entre elaboração e revisão, tendo sido revisto ao final, justamente por sua avó, Nona Vicentini, uma de suas maiores incentivadoras nas artes e sua primeira leitora, que morreu tempos depois da conclusão da trilogia.
“O frescor de certa rebeldia inerente à idade está no texto e, como decidi publicar a saga mais de 20 anos após terminá-la, optei por, propositalmente, não a revisar no que toca a sua essência. Não me pareceu correto podar a rebeldia, a imaturidade e os rompantes de um escritor com os seus hormônios rebuliçados e certezas e incertezas próprias das poucas décadas de vida, porque parte da alma do livro é justamente chafurdar em uma mescla de inocência com sabedoria”, afirma ele, que ainda revela que o livro mescla a ficção fantástica com toques autobiográficos.
Sobre Alexandre Gossn
O guarujaense Alexandre Gossn é escritor, pesquisador da Universidade de Coimbra (UC), doutorando em Estudos Contemporâneos pelo Instituto de Investigação Interdisciplinar da UC, advogado, mestre em Direito e tem sido figura constante nos mais importantes festivais literários do País, sendo um autor relativamente recente, uma vez que publicou sua primeira obra em 2019.
Além de Santo Adamastor, publicou no Brasil, América do Sul, EUA, Canadá e Europa os livros Chapados de Cloroquina – a morte da empatia (2021), Fascismo Pandêmico (2020), Cidadelas & Muros: como o ser humano se tornou um animal urbano (2020) e de Liberdade, Metamoralidade & Progressofobia (2019), tendo os dois primeiros títulos sido selecionados para integrar o acervo da Library of Congress, em Washington (EUA).