O Cineclube Lanterna Mágica, em parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas da Unisanta, celebra a poesia no cinema antifascista de Pier Paolo Pasolini, cineasta e poeta italiano que completa 100 anos em 2022.
Para conhecer melhor sua obra, está sendo realizado o Ciclo de Cinema “Pasolini – Ano 100”,de 19 de maio a 30 de junho, sempre às quintas-feiras, às 15h, na Sala Maurice Legeard de Cinema (Bloco E – 5.° andar – Unisanta), com entrada gratuita.
O Ciclo também faz parte das celebrações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e terá bate-papo online ao final de cada sessão, dentro do formato de produção do #Cinapse_Cast, no instagram @cineclubelanternamagica. Para participar das sessões, não é necessário fazer reserva, basta chegar 15 minutos antes do início da exibição.
Foram selecionados seis filmes para retratar a poesia e o moderno, com base nas paixões do cineasta. São cinco filmes de Pasolini e um filme sobre a vida dele, dirigido por Abel Ferrara. A programação terá os seguintes filmes:
- (19/05) Pasolini, de Abel Ferrara
- (26/05) Accattone – Desajuste Social
- (02/06) O Evangelho Segundo São Mateus
- (09/06) Édipo Rei
- (23/06) Teorema e
- (30/06) Pocilga
Agendamentos no Cineclube
Agora o espectador que não puder participar da sessão às 15h, poderá convidar seus amigos para uma sessão extra, no mesmo dia às 19h, mas terá que ter o mínimo de 10 pessoas e máximo de 40. O agendamento deverá acontecer com até 48h de antecedência pelo WhatsApp (13) 98230 4599.
Quem foi Pasolini
“Eu sou escandaloso. Porque eu estico uma corda, ou melhor, um cordão umbilical, para conectar o sagrado e o profano”. — Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 — Óstia, 2 de novembro de 1975)
Mestre do cinema mundial que em março completaria seus 100 anos de nascimento, Pasolini faleceu em 1975, mas deixou um legado importante sobre a luta contra uma sociedade hipócrita que mata em nome de um deus
condescendente e míope. Os filmes de Pasolini são povoados por figuras marginalizadas e contraditórias, que o
visionário cineasta italiano sonhou em um mundo conturbado e no limiar da mudança. Um dos pensadores mais reverenciados do cinema, Pasolini também tinha suas contradições. O radical antifascismo se encontra com o catolicismo devoto, a rigidez da tradição se choca com o progresso da revolução sexual e política. As fortes tensões em ação em seus filmes desafiaram o status quo e o levaram aos limites da censura. O sagrado nos filmes de Pasolini pode ser encontrado onde menos se espera: atolado na lama e palpável às margens da vida social. Indecente, primordial, apaixonado e provocador.
Cultura, Pesquisa e Extensão Universitária
Esta ação cultural faz parte dos estudos e pesquisas do LabCine – Unisanta, que abordam o afeto nas narrativas imersivas presentes no cinema. Para expandir os saberes construídos no ciclo de cinema “Pasolini – Ano 100”, serão realizados debates dentro do formato do #Cinapse_Cast. Os conteúdos elaborados no programa estarão relacionados à pesquisa da cartografia do afeto no cinema em Santos, onde tem um grande histórico de realizadores, amantes de cinema, além de ser cenário para muitos filmes e produções audiovisuais, devido ao seu legado artístico, arquitetônico e sociopolítico na história brasileira. Para unir esses dados dentro de um mapa interativo, a Produtora Ricci Filmes está realizando, em parceria com o LabCine – Unisanta, o Mapa Cine Afetivo de Santos.
Mais informações sobre os filmes e ações do ciclo de cinema em www.unisanta.br/cineclube.