Você certamente já cruzou a Rodovia SP-55, a Padre Manuel da Nóbrega, para se deslocar na Baixada Santista.
Ela parte de Cubatão e vai até Peruíbe, chegando a Miracatu, no Vale do Ribeira. A estrada começou a ser construída em 1951, mas só foi inaugurada dez anos depois, em 1961.
De grande importância para o desenvolvimento econômico e turístico da região, facilitou o acesso ao litoral sul – que antes era precário – por carros e linhas de ônibus, que hoje ligam a Baixada Santista à capital paulista e a outros estados.
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Muitos ainda conhecem a rodovia como Pedro Taques, nome que era dado ao trecho que ia da Via Anchieta, em Cubatão, até a Curva do ‘S’, em Paia Grande. Este trecho, hoje, está sob concessão privada do Sistema Anchieta-Imigrantes, mas também passou a integrar a Manuel da Nóbrega.
Quem foi Manuel da Nóbrega?
Um missionário jesuíta português, que comandou a primeira missão jesuítica na América, quando aqui chegou em 1549, na armada de Tomé de Souza. Catequizou os índios e promoveu campanha contra a antropofagia e a exploração pelo homem branco. Percorreu todo o nosso litoral, ainda antes de José de Anchieta, e foi o responsável por desbravar a Serra do Mar, para subir o planalto de Piratininga e fundar a vila de São Paulo.
Manuel da Nóbrega foi um dos lutadores contra a escravização dos nativos, fazendo seu trabalho de globalização respeitando a natureza do índio. De grande iluminação e um legítimo missionário de Jesus, foi um conhecedor da verdadeira natureza do homem e de Deus.
Nascido em 18 de Outubro de 1517, em Sanfins do Douro, entre Douro e Minho, norte de Portugal. Em Salamanca, estudou Humanidades, na Universidade local, e em 1541 bacharelou-se em cânones em Coimbra.
Ingressou na Companhia Jesuíta em 1544, onde foi incumbido de chefiar a primeira missão, em Terras de Santa Cruz, juntamente com mais cinco companheiros. Aportou na Bahia em 29 de Março de 1549 e fundou uma igreja, na qual foi o seu pároco, entregando-se de corpo e alma, levando a palavra amiga e meiga de Jesus aos nativos.