Provavelmente há muitos ícones da nossa região pelos quais você passa com frequência sem saber o significado. Fala sério, nunca deu curiosidade de parar o carro ou interromper a caminhada para tentar descobrir?
Hoje vou trazer dois exemplos que chamam a atenção de quem trafega por São Vicente, sentido Ponte Pênsil e daqueles que já estão na Praia Grande, logo na entrada da cidade.
Marco Padrão
Presente dos portugueses ao povo vicentino
Bem ali, onde teria desembarcado, em 1532, o navegador português Martim Afonso de Souza, na Praia da Biquinha, em São Vicente, foi erguido, 400 anos depois, o Marco Padrão. O monumento homenageia o quarto centenário da fundação da Vila de São Vicente e foi instalado no ilhéu chamado de Pedras do Mato.
Presente da colônia portuguesa de Santos e São Vicente, teve sua pedra fundamental lançada em 1532, em meio aos festejos em alusão ao quadricentenário da vila, mas somente foi inaugurado como monumento no ano seguinte, em 19 de março de 1933.
O ilhéu onde o Marco Padrão foi erguido, bem em frente à Biquinha de Anchieta, cenário no qual o padre evangelizador catequisava os índios, era ligado ao sopé do Morro dos Barbosas, mas as marés o separaram, criando a composição rochosa que apreciamos hoje.
A tal coluna de granito tem um significado monumental como ícone de um vilarejo onde se iniciou a construção da pátria, a Céllula Mater da Nacionalidade.
O Marco Padrão é composto por um fuste – bastão – cilíndrico, símbolo da imortalidade, que recebe, no topo, um prisma quadrilátero, com quatro escudos: de Portugal Quinhentista, de Martim Afonso de Souza, da Ordem de Cristo e da Pátria Brasileira.
Sobre o prisma, uma esfera armilar (um instrumento da astronomia, que representa um modelo reduzido do cosmos), que figurava nas bandeiras dos primeiros navegadores portugueses. E, no topo, a cruz de Cristo, considerado a estrela-guia dos desbravadores do mar.
Praça da Paz
A praça das cabeças gigantes
Você a conheça como Praça das Cabeças, pois o que chama a atenção quando se passa entre as avenidas Brasil e São Paulo, no Boqueirão, em Praia Grande, são enormes cabeças metálicas.
A praça, com 58 metros de diâmetro, foi inaugurada em janeiro de 2007 e exibe sete esculturas que pesam entre 17 e 30 toneladas com até dez metros de altura. São bustos esculpidos em aço carbono e ferro, do escultor Gilmar Pinna, natural de Ilhabela, mas com obras espalhadas mundo afora.
As esculturas representam Sérgio Vieira de Melo, Jesus Cristo, Maria – Mãe de Jesus, Papa João Paulo II, Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. Estas figuras foram importantes expressões da paz mundial e por isso a praça recebeu o nome de Praça da Paz, como um convite às pessoas refletirem sobre a paz no mundo.
Uma exposição de arte a céu aberto com um simbolismo que vai além do que se pode ver.
A gente se vê por aqui ou por aí, pelas ruas da cidade. Vamos juntos!