Ela é uma das ruas queridinhas dos santistas e já foi considerada a wall street brasileira tamanha sua importância para a economia da cidade e do país.
São cinco quarteirões, desde a Praça dos Andradas até a Praça Barão do Rio Branco, por onde, além do bonde, passavam as figuras mais abastadas de Santos, fazendo as negociações internacionais do café.
Inicialmente batizada como Rua Direita, ainda no período colonial, foi ali que nasceu um dos heróis santistas, José Bonifácio de Andrada da Silva, e também era ali que ficavam os mais importantes escritórios, bancos e casas comerciais da cidade.
O cruzamento com a Rua Frei Gaspar era conhecido como Quatro Cantos, o lugar mais elegante da cidade, por onde circulavam homens trajados de terno, gravata e chapéu panamá.
Com a Proclamação da República, a via foi rebatizada com a data que prometia novos tempos aos brasileiros. Porém, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, o comércio do café amargou intensa queda e a rua XV passou a viver tempos difíceis, agravados com o estouro da Segunda Guerra Mundial.
Mas, no final dos anos 1990, a wall street brasileira – e santista – ganhou novo fôlego, com uma revitalização estética que trouxe de volta o charme de outrora. Melhor para os persistentes corretores de café, que ainda mantém suas atividades por lá. Melhor para os demais comerciantes, que circulam diariamente em meio a prédios de grande importância histórica e arquitetônica. A quinta Associação Comercial mais antiga do Brasil ainda funciona neste endereço, onde também está a Construtora Phoenix, na suntuosa construção antes sede do Banco Italiano e a Bolsa Oficial do Café, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.
Melhor ainda para os moradores e turistas, que podem vivenciar tudo isso nos barzinhos e restaurantes ou durante os muitos eventos que a região do Centro sedia o ano todo.
Fonte: Memória Santista (www.memoriasantista.com.br)