Estreou, na terça-feira, dia 23 de fevereiro, na Netflix, um documentário sobre Pelé. Em quase duas horas de duração, sua carreira é retratada com grande ênfase nos mundiais que disputou pela seleção brasileira, além de sua chegada ao Santos F. C., equipe pela qual marcou, em 1969, no Estádio do Maracanã, seu milésimo gol e pela qual abandonou os gramados brasileiros em 1974.
Muitos jovens não tem muito conhecimento sobre a carreira do Rei do Futebol. E essa é uma boa oportunidade. Um aspecto interessante neste filme (há outros, como “Isto é Pelé” e “Pelé Eterno”) é o paralelo que os produtores estrangeiros fazem entre o momento político onde a ditadura militar esteve presente no Brasil, a partir de 1964, e o posicionamento, ou melhor, a falta de posicionamento de Pelé sobre o assunto.
Pelé deveria ter um posicionamento claro, ou contra ou a favor, tendo em vista que era um grande formador de opinião? Ou sua neutralidade ajudaria a unir o país?
Sem entrar em polêmicas, entendo que as vidas do cidadão Edson Arantes do Nascimento e do jogador Pelé, se é que podemos traçar uma divisão entre elas, são tão ricas que um longa-metragem é insuficiente para quem quer ir a fundo nessas e em tantas outras questões. Afinal, estamos falando do melhor jogador de futebol de todos os tempos, o esporte mais popular do mundo.
Neste caso, uma série seria mais apropriada.
E o jogador que popularizou o futebol e resgatou o orgulho de ser brasileiro também teve momentos pessoais ‘obscuros’, onde muitas pessoas o condenam.
Para quem quer conhecer mais sobre a vida do jogador, a operadora de passeios, Parceiros do Turismo, desenvolve a Rota Pelé: o Rei do Futebol em Santos. O passeio é focado na história profissional e com a companhia de um guia de turismo que aborda questões interessantes como o motivo da escolha da família em levar o menino prodígio para o Santos F. C. e não para outros clubes que demonstravam interesse, a viagem que o menino fez entre Bauru e Santos, os lugares onde viveu, comenta sobre seus recordes, seus títulos e diversos itens museológicos expostos, tanto no Museu Pelé, como no Memorial das Conquista dos Santos F.C.
Para complementar, o passeio passa por estátuas e locais que fizeram parte da sua história, como o do salão do seu amigo e eterno cabelereiro Didi, o Memorial Necrópole Ecumênica, considerado o maior cemitério vertical do mundo, onde estão os restos mortais de Dondinho, seu pai, também jogador profissional.
E por que não, uma passadinha na Ponta da Praia para ver o grafite gigante de Eduardo Kobra, retratando Pelé? Enfim, fica o convite para conhecer mais sobre a história de Pelé e, de quebra, saber mais sobre a cidade de Santos.
Sobre a Rota Pelé: o Rei do Futebol em Santos
Roteiros privativos
Saídas: de quinta-feira a domingo
Tempo de duração: 6 horas
Capacidade máxima: 15 pessoas
Informações: 13 99771.9825 (whatsapp) ou [email protected]
Diogo Dias Fernandes Lopes é turismólogo, guia de turismo e proprietário da Parceiros do Turismo. Saiba mais sobre o roteiro aqui.