O Parque dos Morros, no Morro da Nova Cintra, ganhou 100 novas árvores nativas da Mata Atlântica nesta quinta-feira (27), em uma ação de mitigação de carbono promovida pelo projeto ‘Mamáfrica – Ancestralidades Africanas no Brasil e em Cuba’
Atualizada em 02.12.2025
A iniciativa marca o encerramento da exposição realizada entre 18 de setembro e 1º de novembro no Museu do Porto e reforça o compromisso do projeto com sustentabilidade, educação ambiental e construção de um legado positivo para a Cidade.
O plantio complementa o ato simbólico do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, quando uma árvore da espécie Guapuruvu foi cultivada na Praça Zumbi dos Palmares como parte das ações de valorização da história e cultura afro-brasileira.
Preservação e justiça climática
Mais que ampliar a cobertura vegetal da região, a mobilização busca conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental e da justiça climática, princípios que dialogam diretamente com a proposta do ‘Mamáfrica’ de valorizar ancestralidades africanas sob uma perspectiva contemporânea e sustentável.
A ação contou com participação do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Promoção da Igualdade Racial. Para o presidente do órgão, Wellington Araújo, o projeto amplia o reconhecimento das contribuições afrodescendentes para o país.
“Celebrar e visibilizar a ancestralidade africana é reafirmar a força de uma história que atravessa oceanos e molda identidades. A exposição evidencia a potência da cultura afrodescendente no Brasil e em Cuba, combatendo a invisibilidade social e fortalecendo o pertencimento das nossas comunidades”, destacou Wellington.
O Parque
Com 290 mil metros quadrados, o Parque dos Morros é uma das mais importantes áreas de preservação da biodiversidade em Santos, abrigando espécies da fauna e da flora nativas da Mata Atlântica. Ele integra regiões dos morros Caneleira, Nova Cintra, José Menino e se estende até o Voturuá, em São Vicente.
O espaço também se conecta ao Parque do Engenho de São Jorge dos Erasmos, formando um corredor ecológico essencial para a migração e sobrevivência da fauna. No local, já foram identificadas cerca de 100 espécies de aves, além de trilhas ecológicas que permitem o contato direto com a natureza.
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Antes marcada por desmatamento, descarte irregular de resíduos e especulação imobiliária, a área passa por um contínuo processo de recuperação ambiental e uso sustentável, consolidando-se como um dos mais relevantes refúgios verdes da região.
Foto: Marcelo Martins