O Festival MAIS divulgou a programação completa de sua 8ª edição, que acontece neste sábado e domingo (29 e 30), trazendo um oito shows gratuitos em diferentes pontos da cidade
Atualizada em 26.11.2025
O evento abre espaço para o trabalho autoral de músicos da Baixada Santista e recebe também duas atrações reconhecidas nacionalmente: o Trio Macaíba, referência no forró pé de serra, e o Baile da Cor, que celebra a herança afro-latino-americana.
Um caldeirão musical pela cidade
A edição deste ano reforça a diversidade rítmica como marca do festival. Foram 85 projetos inscritos no chamamento público, e os selecionados refletem a pluralidade dos sons brasileiros produzidos na região. As apresentações se espalham por dois palcos ao ar livre e têm entrada gratuita.
No sábado (29), a Fonte do Sapo, na orla da Aparecida, recebe a abertura com a cantora, compositora e multi-instrumentista Laís Blanco, conhecida por unir arte e universo digital. O line-up segue com o rock da Havana Dogs, o show de Duda Giangiulio e a performance solo do fundador da Koala Joe, que leva brasilidade, swing e espiritualidade ao palco. A noite termina com o aguardado forró pé de serra do Trio Macaíba, grupo que já registrou participação de Dominguinhos em seu primeiro álbum.
No domingo (30), o Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino) abre os trabalhos com o Coletivo Ojú Obá, que utiliza o maracatu como ferramenta de enfrentamento ao racismo. A programação segue com Ana Cigarra, cantora e compositora que reforça o empoderamento feminino em seus mais de 20 anos de carreira e ganhou projeção nacional após participar do The Voice, em 2015. Na sequência, o Santo D`Casa traz a ancestralidade africana em uma grande roda de samba. O encerramento fica por conta do Baile da Cor, que promete levar ao público a energia da cultura afro-latino-americana.
Um movimento cultural
O Festival MAIS nasceu em 2013, idealizado pelo músico e produtor Ugo Castro Alves, com o objetivo de reunir compositores da Baixada Santista em um mesmo palco. Desde então, evoluiu por diversos formatos (Mostra, Elas, Verão e Ocupação) até consolidar-se no modelo atual.
‘Temos a missão de juntar gente criativa, celebrando a música autoral e independente da Região’, destaca Ugo.
Durante a pandemia, o festival também desempenhou papel relevante ao transmitir mais de 20 horas de música ao vivo, criando uma ponte entre artistas e público em um período marcado pela escassez de trabalho. A iniciativa ainda promoveu ações formativas em parceria com o Sesc-Santos, capacitando compositores para o auto-gerenciamento de carreira. Ao longo de sua história, o projeto já documentou a trajetória de quatro artistas independentes por meio de curtas-metragens.
Programação
Sábado — 29.11
Local: Fonte do Sapo (Orla da Aparecida)
17h — Laís Blanco
18h — Havana Dogs
19h — Duda Giangiulio
20h — Trio Macaíba
Domingo — 30.11
Local: Parque Municipal Roberto Mário Santini – Emissário Submarino (José Menino)
17h — Coletivo Ojú Obá
18h — Ana Cigarra
19h — Santo D`Casa
20h — Baile da Cor
Foto: Divulgação