Em sua primeira obra, 'Um Intrépido Livreiro Nos Trópicos – Crônicas, Causos e Resmungos', José Luiz Tahan reúne histórias vividas, muitas vezes, atrás do balcão de uma livraria de rua em Santos, a Realejo Livros, e outras tantas derivadas dos desdobramentos deste ofício
Fotos: Flávio Sampaio
O livro, que chega às prateleiras pela Vento Leste Editora, será lançado inicialmente na cidade do litoral paulista, com sessão de autógrafos no dia 25 de março, sábado, a partir das 15h, na Realejo Livros (Av. Marechal Deodoro, 2 – Gonzaga). A partir do mês de abril, também ocorrerão lançamentos em capitais como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). As datas do road show serão confirmadas em breve.
Fiel à premissa de que a reputação de um livreiro é definida a partir da relação de confiança construída com seus leitores, Tahan se tornou um cronista atento à realidade e às nuances que o cercam. Entre conversas, cafés e intensas troca de ideias, os personagens de seus textos alternam-se como interlocutores em passagens marcantes, curiosas e, algumas vezes, reflexivas.
“Quando comecei a escrever pequenos artigos, sempre olhando a vida e os leitores da visão do meu balcão de uma livraria de rua, nunca teria imaginado que iriam virar uma coletânea para um livro meu. Fui usando a escrita para contar histórias, para me divertir e para expor muitas vezes a fragilidade de quem vive num comércio como uma livraria. O livro é fruto dessas vivências”, comenta o autor.
A obra, com 408 páginas, divide-se em blocos, que incluem bastidores de seu convívio com escritores e escritoras, situações inusitadas com clientes anônimos e artigos que versam sobre seu trabalho e o papel das livrarias de rua. Com uma escrita provocadora, que transita entre a observação, a autocrítica e o humor, o autor reflete sobre “como ser um livreiro num país tropical, quente, desigual e cheio de incoerências e dificuldades como é o nosso”.
Crônicas, causos e resmungos
A matéria-prima para os textos surge das situações mais diversas: do cliente mais desavisado, que adentra a livraria disposto a apostar no jogo do bicho, ao mais criterioso, sempre disposto a debater sua próxima aquisição; dos encontros literários com autores em seus domínios ou em feiras e eventos pelo Brasil e mundo afora; e das aventuras acompanhando-os em roteiros aleatórios, de botequins a campos de futebol.
Sobre José Luiz Tahan
“Há poucas profissões mais nobres que a de livreiro. Talvez os médicos, que amenizam nossas dores, os palhaços, que nos dão alegrias e os jornalistas, que nos informam sobre o mundo. Mas, pensando bem, o livreiro também faz um pouco dessas três coisas.
(…) José Luiz Tahan é um livreiro”
José Roberto Torero, escritor e cineasta